Ética e mundo do trabalho: Pra que????


Quanto mais tempo vivemos dentro do ambiente corporativo maior é a certeza que algumas empresas não querem crescer. Digo crescer, como sinônimo do “ser gente”, “ser ético”, “ser correto”, saber se comportar e agir de forma profissional. Outro dia tive a notícia que uma empresa de um reino tão tão tão distante resolveu promover adequações de seus funcionários em classes diferentes daquelas que eles estão alocados hoje. Até aí, pouca novidade, muitas empresas fazem readequações. Outras pessoas poderiam dizer, mas readequações que prejudiquem seus funcionários é novidade? Claro que não, muitas e muitas empresas fazem readequações para poder, segundo Marx extrair mais trabalho e aumentar seu lucro que já é exorbitante. Então onde ficaria a novidade? A novidade e o que me deixou boquiaberto se refere ao fato que estas adequações foram propostas sem o conhecimento dos seus funcionários, ou pelo menos de parte deles. Isso mesmo, pasmem, pensaram em uma readequação funcional sem o conhecimento dos funcionários. Resolveram promover uma mudança estrutural sem ao menos comunicar a base, ou seja quem sustenta o funcionamento da mesma. Se fosse há tempos atrás uma revolta teria me tomado e já teria erguido a bandeira da justiça sob a clava forte da ética e do profissionalismo. Hoje, simplesmente, não me surpreendi. Não sei se isso é bom ou ruim, o fato é que percebemos que algumas empresas de quinta (e neste caso me refiro a quinta categoria como sendo a égide do analfabetismo profissional, onde pessoas que nada querem se reúnem em torno de um “fazer nada”, sem qualquer compromisso com a competência e qualidade), continuam usando e abusando do seu trabalhador da pior forma possível e o enxergando como um recurso facilmente substituível. Não me causa estranheza, simplesmente uma profunda e grande pena destas pessoas que fazem parte deste reino tão tão tão distante, pois me resta a certeza que vão morrer ali.

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